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    COVID-19 | Cientistas afirmam que é cedo para cogitar imunidade de rebanho

    Os pesquisadores ainda estão descobrindo as características do novo coronavírus (SARS-CoV-2), e existem estudos que questionam a “imunidade de rebanho" (porcentagem da população que, uma vez imunizada, impediria o surto de se alastrar). Por outro lado, cientistas estão afirmando que é cedo demais para saber se essa imunidade de rebanho já se encontra em ação.

    O que acontece é que, assim que a pandemia começou, a estimativa dos especialistas era que a imunidade de rebanho fosse atingida quando cerca de 60% da população estivesse imune, mas um estudo da Universidade de Estocolmo apontou que uma porcentagem de 43% já seria suficiente.

    Com a redução no número de mortes por COVID-19 em locais como Rio de Janeiro e Manaus, começou a se especular a respeito da imunidade de rebanho. Esse estudo considerou que cada pessoa infectada pelo vírus tem o potencial de transmiti-lo em média para outras duas e meia, o que exigiria que 60% de uma população tivesse tido contato com o coronavírus para adquirir proteção, mas apontou que a linha de corte para a imunidade de rebanho diminuiria, uma vez que a primeira onda do vírus já teria infectado a parcela da população que se expõe mais.

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    "Mostramos que a heterogeneidade da população pode impactar significativamente a imunidade induzida pela doença, pois a proporção de infectados nos grupos com as maiores taxas de contato é maior do que nos grupos com baixas taxas de contato. Nossas estimativas devem ser interpretadas como uma ilustração de como a heterogeneidade da população afeta a imunidade de rebanho, em vez de um valor exato ou mesmo uma melhor estimativa", consta no estudo.

    Cientistas afirmam que é cedo para cogitar imunidade de rebanho (Imagem: Pixabay)

    De acordo com uma pesquisa da Universidade Federal de Pelotas feita com testes de anticorpos no Brasil, 3,8% da população foi exposta, parcela ainda longe da imunidade de rebanho. De acordo com César Victora, um dos líderes do projeto, ainda não é possível saber se alcançamos imunidade coletiva em algumas cidades, mas os especialistas estão cada vez mais convictos que ela será alcançada com percentual da população menor dos que os 60%, porque em nenhum lugar do mundo a prevalência de anticorpos passou de 30%, e ainda assim o número de infectados e mortos diminuiu.

    Para Alberto Chebabo, vice-presidente da Sociedade Brasileira de Infectologia, uma possibilidade é que algumas pessoas imunes não desenvolvam muitos anticorpos ao vírus, mas sejam protegidas por linfócitos (células responsáveis pela resposta imune e pela defesa do corpo). Enquanto isso, Paulo Lotufo, epidemiologista da USP, argumenta que se há cidades onde o vírus encontra menos espaço para se propagar, é porque elas falharam em proteger quem era vulnerável.

    Leia a matéria no Canaltech.

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    Nathan Vieira

    Os pesquisadores ainda estão descobrindo as características do novo coronavírus (SARS-CoV-2), e existem estudos que questionam a “imunidade de rebanho" (porcentagem da população que, uma vez imunizada, impediria o surto de se alastrar). Por outro lado, cientistas estão afirmando que é cedo demais para saber se essa imunidade de rebanho já se encontra em ação.

    O que acontece é que, assim que a pandemia começou, a estimativa dos especialistas era que a imunidade de rebanho fosse atingida quando cerca de 60% da população estivesse imune, mas um estudo da Universidade de Estocolmo apontou que uma porcentagem de 43% já seria suficiente.

    Com a redução no número de mortes por COVID-19 em locais como Rio de Janeiro e Manaus, começou a se especular a respeito da imunidade de rebanho. Esse estudo considerou que cada pessoa infectada pelo vírus tem o potencial de transmiti-lo em média para outras duas e meia, o que exigiria que 60% de uma população tivesse tido contato com o coronavírus para adquirir proteção, mas apontou que a linha de corte para a imunidade de rebanho diminuiria, uma vez que a primeira onda do vírus já teria infectado a parcela da população que se expõe mais.

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    "Mostramos que a heterogeneidade da população pode impactar significativamente a imunidade induzida pela doença, pois a proporção de infectados nos grupos com as maiores taxas de contato é maior do que nos grupos com baixas taxas de contato. Nossas estimativas devem ser interpretadas como uma ilustração de como a heterogeneidade da população afeta a imunidade de rebanho, em vez de um valor exato ou mesmo uma melhor estimativa", consta no estudo.

    Cientistas afirmam que é cedo para cogitar imunidade de rebanho (Imagem: Pixabay)

    De acordo com uma pesquisa da Universidade Federal de Pelotas feita com testes de anticorpos no Brasil, 3,8% da população foi exposta, parcela ainda longe da imunidade de rebanho. De acordo com César Victora, um dos líderes do projeto, ainda não é possível saber se alcançamos imunidade coletiva em algumas cidades, mas os especialistas estão cada vez mais convictos que ela será alcançada com percentual da população menor dos que os 60%, porque em nenhum lugar do mundo a prevalência de anticorpos passou de 30%, e ainda assim o número de infectados e mortos diminuiu.

    Para Alberto Chebabo, vice-presidente da Sociedade Brasileira de Infectologia, uma possibilidade é que algumas pessoas imunes não desenvolvam muitos anticorpos ao vírus, mas sejam protegidas por linfócitos (células responsáveis pela resposta imune e pela defesa do corpo). Enquanto isso, Paulo Lotufo, epidemiologista da USP, argumenta que se há cidades onde o vírus encontra menos espaço para se propagar, é porque elas falharam em proteger quem era vulnerável.

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