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    Asteroide Apophis pode se desviar em direção à Terra — e a culpa é do Sol

    Entre os asteroides considerados potencialmente perigosos para a Terra, está o Apophis, que passará perto do nosso planeta em 2068. As chances de um impacto são muito baixas, mas astrônomos garantem que é preciso ficar de olho na rocha espacial, pois, sob certas circunstâncias, o Sol pode aquecê-lo de modo que o desvie de sua rota relativamente segura para nós.

    Esse aquecimento pode acontecer de forma desigual no asteroide, fazendo com que ele irradie energia térmica de forma assimétrica, ou seja, desigual em cada um de seus lados. Isso pode fazer com que ele ganhe um impulso em uma determinada direção — este efeito recebe o nome de aceleração de Yarkovsky.

    Até agora, a órbita do Apophis foi analisada e os astrônomos concluíram que ele não deve colidir com a Terra, mas eles não haviam considerado a aceleração de Yarkovsky ao calcular a ameaça que o asteroide pode representar em 2068. Bem, o problema é que um novo estudo mostra que o Apophis está se afastando de sua órbita prevista anteriormente em cerca de 170 metros por ano. O motivo: a aceleração de Yarkovsky.

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    Imagem do Apophis capturada pelo Herschel Space Observatory, da ESA, durante a aproximação com a Terra em 5 a 6 de janeiro de 2013. Esta imagem mostra o asteroide em três comprimentos de onda (Imagem: Reprodução/ESA/Herschel/PACS/MACH-11/MPE/B.Altieri/C. Kiss)

    De acordo com o autor principal do estudo, David Tholen, "o calor que um asteroide irradia dá um pequeno empurrão; o hemisfério mais quente [do asteroide] estaria empurrando um pouco mais do que o hemisfério mais frio, e isso faz com que ele se afaste para longe do que a órbita puramente gravitacional poderia prever". Isso significa que ainda é preciso monitorar o Apophis com cautela.

    Antes de 2068, este mesmo asteroide fará uma aproximação ainda bastante segura com a Terra, em 2029, permitindo que nossos telescópios façam observações e coletem dados a partir de uma visão mais detalhada da superfície e do formato da rocha. Assim, será possível analisar como serão os efeitos que a aceleração Yarkovsky causa no Apophis, e talvez prever as possíveis trajetórias que ele ganhará nos próximos anos.

    Deste modo, se houver qualquer ameaça de impacto na próxima passagem, os astrônomos saberão com bastante antecedência e poderão criar estratégias para resolver o problema. Já existem muitas propostas de como desviar asteroides em rota de colisão com nosso planeta, incluindo o projeto DART, da NASA — que vai chocar uma nave com o asteroide binário Didymos na tentativa de desviar a órbita do objeto menor. Mas, por enquanto, não há motivo para pânico, já que ainda não foi detectado um risco real de colisão do Apophis com o nosso planeta.

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    Daniele Cavalcante

    Entre os asteroides considerados potencialmente perigosos para a Terra, está o Apophis, que passará perto do nosso planeta em 2068. As chances de um impacto são muito baixas, mas astrônomos garantem que é preciso ficar de olho na rocha espacial, pois, sob certas circunstâncias, o Sol pode aquecê-lo de modo que o desvie de sua rota relativamente segura para nós.

    Esse aquecimento pode acontecer de forma desigual no asteroide, fazendo com que ele irradie energia térmica de forma assimétrica, ou seja, desigual em cada um de seus lados. Isso pode fazer com que ele ganhe um impulso em uma determinada direção — este efeito recebe o nome de aceleração de Yarkovsky.

    Até agora, a órbita do Apophis foi analisada e os astrônomos concluíram que ele não deve colidir com a Terra, mas eles não haviam considerado a aceleração de Yarkovsky ao calcular a ameaça que o asteroide pode representar em 2068. Bem, o problema é que um novo estudo mostra que o Apophis está se afastando de sua órbita prevista anteriormente em cerca de 170 metros por ano. O motivo: a aceleração de Yarkovsky.

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    De acordo com o autor principal do estudo, David Tholen, "o calor que um asteroide irradia dá um pequeno empurrão; o hemisfério mais quente [do asteroide] estaria empurrando um pouco mais do que o hemisfério mais frio, e isso faz com que ele se afaste para longe do que a órbita puramente gravitacional poderia prever". Isso significa que ainda é preciso monitorar o Apophis com cautela.

    Antes de 2068, este mesmo asteroide fará uma aproximação ainda bastante segura com a Terra, em 2029, permitindo que nossos telescópios façam observações e coletem dados a partir de uma visão mais detalhada da superfície e do formato da rocha. Assim, será possível analisar como serão os efeitos que a aceleração Yarkovsky causa no Apophis, e talvez prever as possíveis trajetórias que ele ganhará nos próximos anos.

    Deste modo, se houver qualquer ameaça de impacto na próxima passagem, os astrônomos saberão com bastante antecedência e poderão criar estratégias para resolver o problema. Já existem muitas propostas de como desviar asteroides em rota de colisão com nosso planeta, incluindo o projeto DART, da NASA — que vai chocar uma nave com o asteroide binário Didymos na tentativa de desviar a órbita do objeto menor. Mas, por enquanto, não há motivo para pânico, já que ainda não foi detectado um risco real de colisão do Apophis com o nosso planeta.

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